A PONTE DO PROFANO AO SAGRADO

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Eu costumo dizer que o homem é um ser religioso por natureza, isso porque a historia humana nos revela que o homem sempre buscou respostas existenciais no “divino” ( divino aqui traz a idéia daquilo que transcende o natural )  , e quando isto acontece ocorre o que chamamos de “fenômeno religioso”. Não se tem noticia de que alguma raça ou povo que não tenha tido algum tipo de religião .  O homem e a religião são dois campos de atuação: o sagrado e o profano. O sagrado é uma realidade assumida como perfeita, separada, divina e dotada de poderes superiores aos humanos (sobrenatural), estimulando no homem medo, respeito, atração e reverência. O profano é equiparado ao mundo em que vivemos, sendo apontado como banal e inferior em relação ao sagrado. O homem põe sua dependência no sagrado para poder superar suas limitações, medos e duvidas.
Friedrich Schleiermacher (1768-1834), definiu a religião como “um sentimento ou uma sensação de absoluta dependência”, o homem para se chegar ao sagrado se coloca em um estado inferior. Então a religião apresenta-se como uma ligação profunda e envolvente do homem com o sagrado, podendo chegar ao ponto de se entregar completamente, quando o homem entra em contato com o sagrado esta vivendo um tipo de experiência religiosa (ou sentimento religioso), tal experiência é estimulada pelo encantamento (termo que define o sentimento de encontro com o sobrenatural)
O mundo profano se liga ao mundo sagrado por meio da religião, falo mundo profano referindo-me ao ser em si, que se locomove ao sagrado e que sofre a experiência do encantamento, por isso a religião não é ligar-se a uma Igreja ou instituição (Cristianismo, Budismo ou Espiritismo), religião é o sentimento inato no individuo que o liga ao ser de sua dependência, sendo assim o sentimento de dependência que nos torna limitados nos encaminhara para aquilo que consideramos infinito e absoluto; o sagrado.
Fonte:http://romarioevangelista.blogspot.com/

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