Exercícios de Oração: formas de rezar e meditar.
“Caminhos para a Oração Profunda” Jean M. Dumortier
Cap.4.
4.1. Prolongar a expiração. Tríplice recolhimento (físico-emocional-mental). Expiração 2X mais demorada (músculos abdominais).
4.2. Presente aqui/agora (sem lembranças do passado, sem desejos para o futuro, estar no presente). Postura ereta, inspira x expira lentamente – atenção na respiração.
4.3. Consciência da Presença. Postura ereta, tríplice recolhimento, respiração tranqüila. Ao respirar, pensar “Deus está aqui”, “Deus” (Deus-Deus-Deus-Deeeeuuuuusssss). Ficar atento ao vaivém da respiração em silêncio.
4.4. Quatro palavras de vida (=batismo):
a) “Abandono” (início da expiração): abandono falso-eu, abandono-me a Deus.
b)”Mergulho” (continua expiração): chego ao eu-real (ser), mergulhão as raízes na fonte dos bens e das virtudes.
c) “Uno-me” (fim da expiração, antes da inspiração): uno-me à Fonte.
d) “Ressuscito” (morte-ressurreição).
5.1. Respiração me liga a Deus. Não respiro, o ar me é dado de graça. Ar é o dom da vida. Inspiro= recebo vida, expiro=abandono-me à vida. Ao respirar, sentir-se unido à vida de Deus, que me renova a cada momento. Ao respirar, recebo o amor divino (amor que me preenche e que jorra de mim: expira/inspira). Expira=morre (“não vivo”), inspira=ressuscita (“Cristo vive em mim”) - Gl 2,20. Inspiro=recebo a vida de Cristo, expiro=abandono-me a Cristo.
6.1. Oração debulhada: no ritmo da respiração, pronunciar frase ou palavra da oração.
Oração=purificar e pacificar níveis do ser:
a) corpo e sentidos: relaxamento, percepção do corpo e dos ritmos vitais;
b) emocional / afetivo: respiração;
c) mental (pensamentos, lembranças, desejos): concentração única.
Oração = relação pessoal de amizade homem-Deus; Deus vem a nós; apresento-me como sou (sem defesas, sem máscaras); eu completo oro; eu habitado pela Trindade; escutar melhor; que o meio não se torne fim; buscar o silêncio.
Pedagogia Teresiana:
a) Desviar sentidos e inverter atenção do exterior para o interior (desperta visão da alma).
b) Atenção para dentro de si.
c) Conversa amorosa com Deus. Deixar-se amar por Deus.
d) Esvaziarmo-nos para Deus crescer: ser habitação de Deus.
e) Silêncio para ouvir Deus: procurar Sua companhia, deixar-se olhar, conversar espontaneamente.
f) Relacionar oração com o cotidiano, buscar conversão radical.
Modos:
1. Contemplar a criação.
2. Imaginar cena evangélica.
3. Abandonar pensamentos.
4. Sob o olhar bondoso do Mestre, olhá-lo assim.
5. Rezar em voz alta e lenta.
6. Lectio Divina.
7. Contemplar ícones: 1º. Conjunto, 2º. Detalhe (deixando-o comunicar-lhe algo).
8. Deixar-se amar por Deus.
9. Repetição constante de frase.
Cap. 1, p.34: Tríplice recolhimento (cerca de 10 minutos): concentrar-se aqui e agora.
1º. Determinar posição corporal – coluna reta – postura confortável.
2º. Baixar centro de gravidade interior para o abdômen (respiração abdominal).
3º. Relaxamento do corpo: “meu corpo, silêncio, recolhimento.”
4º. Pacificar emoções: concentrar-se na respiração. Inspira paz, expira tensões (expele-as): “minhas emoções, silêncio, recolhimento.”
5º. Pacificar mente: contagem regressiva de 10 a 0 (ao chegar a 0, concentre-se no silêncio total, na testa – “meu espírito, silêncio, recolhimento”.
6º. Para sair, conte suavemente até 5.
Cap. 2, p.42: Oração e acolhimento das sensações corporais: viver aqui e agora (contato consigo mesmo=contato com Deus). Corpo dormente não parece fazer parte de mim. Acolher sensações sem julgamento.
2.1. Em pé, sentir o corpo dos pés à cabeça em equilíbrio e unidade.
2.2. Sentado, mãos sobre pernas (palmas para cima). Sentir e acolher. Perceber o corpo (vide supra), passando a outras partes. Oração: “sou instrumento a seu serviço, estou pronto para cumprir sua vontade”.
2.3. Sentado ou deitado (batimentos cardíacos). “Presto atenção aos batimentos cardíacos. Nada faço, meu coração palpita sozinho. Recebo minha vida como um presente.” (=Contato imenso com Deus!) Digo ao meu coração: “Bata mais rápido, mais lento, mais descompassado... Não adianta, meu coração só obedece a Deus. Meu coração segue a vontade de Deus. Deus determina o compasso do meu coração”.
2.4. Escolher música bonita, cadenciada. Movimentar-se sentindo os movimentos do corpo – tomada de consciência do corpo em movimento.
2.5. Captar linguagem da música. Ouvir cada instrumento, apreciar cada som.
2.6. Despertar audição.
a) Mãos nos olhos, polegares nos ouvidos. Perceber ruídos da respiração e dos batimentos do coração.
b) Mãos sobre os joelhos, escutar e identificar ruídos circundantes. Depois, escutar sem identificá-los (observar e acolher). Mais tarde, escutar o conjunto de sons.
Pare de incomodar-se com os ruídos: escute-os, aceite-os. Cada som é produzido pelo poder de Deus.
2.7. Ouvir o silêncio, mergulhar no silêncio.
2.8. Na vida cotidiana, acolher tudo como vindo de Deus. Tomar consciência do “aqui, agora” (estar consciente). Admirar tudo.
2.9. Ao dormir:
a) Abandonar roupas do dia = abandonar preocupações nas mãos de Deus.
b) Deitado, relaxar: “Deus, minha rocha, meu refúgio, minha fortaleza, confio em ti.”
c) Sob teto, cobertas: “Deus, minha ternura, obrigado por me protegeres e me guardares.”
d) Fechar os olhos (já não necessito ver): “Deus amigo, confio em ti, nas tuas mãos entrego meu espírito.”
e) Respirar calmamente: “Deus, recebo teu Espírito de amor, que me faz viver e enche-me com teus dons (inspira); entrego-me e abandono-me a ti, seja feita a tua vontade” (expira).
Cap. 3: Oração e relaxamento.
Estresse = reação de adaptação do corpo a situação geral de ameça.
3.1. Verificar relaxamento: de frente para outra pessoa, segurar seus braços pelos cotovelos e soltá-los.
3.2. Verificar tensões em partes do corpo e convidá-las ao relaxamento.
Para viver descontraído:
a) Organizar vida (ordem, horário, prioridade, lugar certo para coisas, etc.)
b) Arrumar um passatempo.
c) Vida equilibrada (esportes, alimentação, sono).
d) Esforços harmoniosos e serenos.
e) Viver no presente.
f) Amor = minimizar atritos.
3.3. Deitar-se de costas para baixo, pernas e braços um pouco afastados, entregar o corpo a Deus. Sentir a respiração abdominal: “Deus, o corpo que sustentas, estou aberto a receber como um dom.” “Ofereço-te minhas pernas para ir aonde quiseres levar-me.” “Quero tudo que queres. Confio em ti, abandono meus projetos e preocupações a ti, és meu Pai e cuidas de mim.” Abandono – confiança – oferta ( ver Sl 22 ).
3.4. Relaxamento oração: buscar acolhida, oferecer-se à ternura e ao cuidado. Abandonar-se, abrir-se à Presença Divina, unir-se e viver o presente em união. Respiração abdominal profunda: relaxamento emocional gera respiração profunda, que gera relaxamento emocional.
3.5. Violinista (arco “perfumado”=mão direita; mão esquerda=barriga). Tocar o violino, cheirar o arco com respiração profunda.
3.6. Mão direita sobre a barriga e mão esquerda sobre o peito: respiração profunda, só a mão sobre a barriga se mexe.
3.7. De joelhos, fronte no chão, mãos entre cadeiras e últimas costelas: sentir a respiração.
Cap. 4.- p.60. “Recebei o Espírito Santo...” Jo 20,22.
Medo=inspiração predomina (aumenta ritmo).
Calma=expiração lenta.
Atenção à respiração = atenção à vida (de Deus).
Exercício 1 : a) relaxamento tríplice (corpo, pensamentos, emoções);
b) respiração profinda (expiração mais prolongada do que inspiração – breve pausa entre inspiração / expiração – usar músculos abdominais para expulsar ar ao máximo.
Exercício 2: presente aqui e agora.
a) Posição tranqüila, alinhada.
b) Respiração lenta e profunda.
c) Ser = viver o presente, eliminar fugas por lembranças (passado) ou desejos e projetos (futuro). Existir agora, descendo ao “profundo”.
Exercício 3: Presença de Deus.
a) Postura cômoda – tríplice recolhimento.
b) Respiração profunda. Ao respirar, sentir o ar como Deus (dentro ou fora, entrando pela respiração): “Deus está aqui.”
c) No ritmo da respiração, pronunciar a frase acima ou só a palavra “Deus”. Repeti-la rápido (“Deus-Deus-Deus...”) ou devagar (“Deeeeeuuuusssss...”).
d) Estando consciente da Presença de Deus, ficar em silêncio prestando atenção ao vai-vem da respiração.
Exercício 4: quatro palavras – “abandono - mergulho - uno-me – renovado,ressuscito” = dar lugar ao Cristo, abandonar-se a Ele, unir-se a Ele, ressuscitar e viver em Cristo.
a) Início da expiração : “abandono” (=abandonar lembranças, perturbações, desejos ou projetos, máscaras, vontade de se afirmar, autodefesas, eu, desamor = abandono incondicional e confiante a Deus).
b) Expiração: “mergulho” (=mergulhar em Deus, fonte dos dons, da Verdade, liberdade, alegria, paz e unidade).
c) Pausa após a expiração: “uno-me” (=unir-me à fonte vital – Rm 5,5;Rm 8,29; Is 42,1; Ez 11, 19; Rm 8, 15).
d) Inspirar: “renovado, ressuscito” (morte para o eu, vida para Cristo – 2Cor4, 17; Ef4,15; Gl 2,20).
Exercício 5: respiração e contato com Deus.
1ª etapa:
a) Tudo me é dado. Permito uma força misteriosa que opera a respiração livremente (função independente). Maravilho-me com a respiração espontânea.
b) Dom do ar à minha disposição (ar em todo lugar). Inspiro o dom da vida; expiro, abandono, entrego minha vida a Deus.
2ª etapa: união com o mistério criador de Deus. Recebo a vida de Deus (inspiro) – Deus me cria a cada momento; entrego minha vida a Deus (expiro) e uno-me a Ele.
3ª etapa: respirando, recebo o amor de Deus (=Espírito Santo e sopro divino – Gn 2, 7). Inspiração = recebo o amor de Deus. Expiração = entrego minha vida, meu amor a Deus e aos irmãos ( = amor que jorra do meu centro).
4ª etapa: inspiro = Cristo vive em mim (Rm 5, 5 ; Ef 3,17 ; Gl 2, 20). Expiro =morro para o “eu” para tornar-me um com Cristo. Expirar = morrer. Inspirar = receber Deus.
5ª etapa: inspiro = recebo Deus e Seu Espírito, seus dons. Expiro = entrego-me, abandono-me ao Pai.
Exercício 6: orações debulhadas. No ritmo das expirações, recitar vocalmente palavra/frase. Saborear, deixar penetrar. Ao terminar: a) recomeçar ; b) continuar com oração silenciosa; c)silenciar-se.
Cap. 5 , p. 68 .
Exercício 2. Gl 4, 7; 5, 1.
a) Partir de joelhos, tocar a testa no chão (semente se tornará planta).
b) Erguer-se lentamente com braços pendentes – de pé.
c) Braços se erguem, mãos se tocam levemente e se afastam (planta desabrocha), dedos se abrem, rosto se levanta, braços se abrem.
Exercício 3.
a) Abandonar-se (a si próprio para dar lugar aos tesouros de Deus – Gn 12, 1).
b) Gritar – Sl 129, 1.
c) Ir a Deus com alegria – Sl 121, 1.
d) Mistério pascal:
1.Outono: aceito morrer para tudo que não é minha vida verdadeira.
2.Inverno: “se a semente não morrer, não dará frutos”.
3. Primavera: tudo me é dado e acolho com gratidão.
4. Verão: Cristo vive em mim – Gl 2, 20.
e) Abrir-se para o Espírito Santo: flor que desabrocha com luz solar. Mãos no peito, abrir-se, mãos em cálice no frontal, tocar rosto, coração (sorvendo).
f) Mãos unidas no peito, abrir braços em cruz (transbordando de luz de Cristo sobre tudo e todos).
Cap.6.
Exercício 1. Meditar andando (passo = comprimento de um pé). Hb 4, 16.
Inspira = pé sai do chão. Expira = pé volta ao chão.
Segunda Parte: métodos tradicionais. P. 86.
S. Teresa D’Ávila:
1º. Concentrar-se na mediação (meio, método).
2º. Interiorizar Presença Divina em nós.
3º. Abandonar o meio, permanecer em silêncio com a Presença interior.
I. Lectio Divina (p. 87).
1. Lectio (leitura): leitura lenta, calma e atenta.
2. Meditatio (meditação): inteligência + imaginação para ruminar e memorizar (Lc 2,19). Repetição de frases bíblicas proclamadas alegremente.
3. Oratio (oração): palavra que representa aceitação da mensagem (dirigida a Deus e carregada com amor).
4. Contemplatio (contemplação): silêncio para Deus falar (abandonar esforço).
Significados:
a) Literal.
b) Espiritual (troca-se o “carnal” pelo “alegórico”).
c) Moral (como se comportar).
d) Místico (“inteligência angélica”).
Exercício 1 (leitura meditada):
a) Recolhimento tríplice.
b) Leitura (lectio).
c) Meditação (meditatio): repetição lenta do trecho.
d) Oratio (breve oração ou repetição de palavra).
e) Contemplatio (silêncio).
Obs.: retomar etapas anteriores quantas vezes quiser.
Exercício 2 : leitura e interiorização ativa. Ler Sl 27; 51; 63; 155; 84; 130. Jo 13; 17. Ef 1. Fl 1. Cl 1.
Lectio – meditatio – oratio (repetir palavra e perguntar: “o que Deus quer dizer-me? O que me diz esse texto”) – contemplatio – colatio (partilha).
Exercício 3 (p.92):
a) Silêncio: escutar própria respiração. Invocar o Espírito Santo para compreender palavra.
b) Ler trecho em voz alta. Expressão que toca: repetir ao respirar. Baixar o tom de voz progressivamente até murmurar. Passar à repetição interior. Em paz (presença), ficar em silêncio.
Obs: recomenda-se Jo 17. Acentuar certas palavras. Repetir palavras distantes entre si no texto. Sentir as palavras e os sentimentos de Cristo. Escolha a expressão mais eloqüente e “rumine-a” ao respirar.
Exercício 4: Salmo em grupo.
a) Participantes em grupo (círculo) fazem silêncio. Ato de fé em Cristo, invocar o Espírito Santo.
b) Leitura do salmo. Retornar à primeira estrofe. Cada um repete a expressão que mais lhe tocou. Retornar ao silêncio. Fazer o mesmo em outras estrofes.
c) No final, oração partilhada sobre tema do salmo (louvar, pedir, ofertar, interceder, agradecer, reparar, etc.).
ORAÇÃO DE JESUS.
Hesicasmo (=paz): fórmula curta, repetida sem cessar, com todo amor, atento às palavras e ao sentido, respirando lenta e pausadamente, atento ao coração, ouvindo seus batimentos, no ritmo da respiração (“Jesus Cristo, Filho de Deus, misericórdia de mim, pobre e pecador”.)
Posição corporal: costas retas, olhos fechados (concentrados no frontal ou cardíaco), mãos abertas sobre os joelhos ou “zen” (palma da mão apoiando as costas da outra mão, polegares unidos).
Atitude mental: atenção ao coração.
Respiração (ritmo): ritmo próprio, abdominal.
Fórmula: recitação com amor e atenção ao sentido. Pedimos misericórdia, graça, ternura, unção do Espírito Santo (pode-se reduzir ao nome do Cristo). Purifica-se a mente.
Frutos: desapego, humildade, arrependimento, clara visão da realidade, pureza, alegria.
Exercício 1: pronunciar o nome de Jesus (encontrar Jesus e abrir-se à Sua Presença). Acalmar os 3 níveis, invocar o Espírito Santo (1 Cor 12, 3). Imagine o Cristo em seu coração (fé no poder do nome de Cristo). Pronuncie o nome de Cristo no ritmo da expiração ou ao inspirar e expirar, ou uma vez a cada 3 respirações. A recitação se enfraquece – passa ao silêncio absoluto (“zona profunda”) – sentir a paz da presença – o silêncio do pescador (antes de puxar a linha, permanecer silencioso e imóvel para não espantar o peixe). Em caso de distração, voltar à recitação (=pássaro que bate as asas e depois plana no vento do Espírito. Com o tempo, a paz (=hesíquia) chega mais rápido.
Exercício 2: Jesus pronuncia seu nome a você. Pronunciar o nome de Jesus em diversas formas e sentimentos (tudo que sente por Deus, empregando nomes da Bíblia ou inventando), como um salmista. Aspire um nome por respiração, saboreie-o (como na Lectio), escolha um e repita-o. Permaneça em silêncio: Cristo olha para você e pronuncia seu nome (ouça as palavras de amor que Ele lhe dirige – Ele também diz um nome a você). Pode voltar a repetir.
Exercício 3: abençoar a todos com o nome de Jesus.
Iniciar exercício 1. Pedir que a bênção de Cristo passe a pessoas enquanto pronuncia o nome de Jesus.
Exercício 4. Deixar-se olhar para Jesus e olhá-lo (Mc 10, 21; Lc 22, 61). Pronunciar o nome, olhar para Cristo, responder sem nada dizer. “Acreditar no amor de Deus é a grande fonte do progresso espiritual: ‘você acredita que Eu ame você?’ “ = exercício.
Exercício 5: intercessão. Invocar a vinda do Espírito Santo. Imaginar Cristo inundando-o com luz, poder e Espírito (impondo mãos). Peça a Jesus para fazer o mesmo com as outras pessoas: invocando o nome, que a paz e a alegria do Cristo desçam sobre as pessoas (amigos, desconhecidos, comunidades, cidades, mundo,etc.).
Exercício 6: nome vibrando nas vozes da natureza (Lc 19, 40). Sem pronunciar o nome, escute os sons da natureza a cantarem o nome (fazer o mesmo com as luzes, as cores, os perfumes, etc.).
JACULATÓRIAS. (P. 103 – Lc 18,1).
Jaculatórias = orações curtas e repetidas em voz baixa (frase ou palavra).
Exercício 1: tríplice recolhimento – escolher texto que agrade – respire ritmicamente com frase – no silêncio, volte a atenção para o coração.
Exercício 2: respiração contínua sobre base concreta. Relaxar, invocar o Espírito Santo, escolher frase que lhe provoque eco afetivo e mental. Repetir frase lenta e continuamente com atenção no sentido, podendo usar o ritmo cardíaco. A frase naturalmente reduz-se a uma palavra, que se reduz ao silêncio: amando, louvando, adorando.
Exercício 3: passeio com frase bíblica (caminhada-oração). Escolher frase adequada ao estado atual, repeti-la, harmonia entre passos e respiração, repetição (talvez sua frase ganhe tom musical!).
Exercício 4: breves orações no decorrer do dia. Antecipe e preveja o bem que acontecerá hoje, diga:”isto é dado a mim por Deus”. Antecipe as tarefas que o aguardam (Deus as apresenta a você). Sua prece: “tudo para Deus”. Ao encontrar alegrias: “Tu estás aqui, Pai magnífico!”. Ao cumprir deveres: “seja feita a Tua vontade”. Nos trajetos, ao cruzar com pessoas, desejando o que cada um necessita: “abençoa-o, Senhor”. À noite, em silêncio, relembre o dia como dom de Deus: “Tu estás em tudo, bendito sejas por tudo”.
Exercício 5: Deus o interpela. Escolher uma das frases que o Cristo dirigiu aos interlocutores. Imaginar Cristo ressuscitado à sua frente, escute-o até despertar resposta (ótimo para momentos difíceis).
Exercício 6: prece dos jovens. Cantar refrões em grupo ou solo.
MEDITAÇÃO COM ÍCONES.
Ícone = imagem. Objetivo: criar comunhão entre Deus e o orante.
Cores:
Vermelho = glória, amor
Azul = divindade
Verde = terra, humildade
Ouro = glória
Meditação : meditação intuitiva. Aprender a concentrar-se. Não resistir às distrações, deixá-las ir. Aprender a olhar e a fazer silêncio. “Nossas idéias e nossos pensamentos sobre Deus não nos podem unir a Ele.”
Orar com ícones.
1. Meditando sobre imagem exterior, forma-se em nós sua aparência interna.
2. Simplifica nossa relação com Deus a um simples olhar amoroso. Faz-nos descobrir a face de Cristo nos outros.
3. Combate a dispersão mental, facilita concentração, torna o Senhor presente, interioriza a presença no silêncio (oração = troca de olhares).
Exercício 1: reconstruir imagem interiormente. Imagens que decoram quarto = símbolo do seu interior. Revisar decoração do quarto observando imagem, tentando memorizá-la. Feche os olhos para reconstruí-la interiormente (=auxílio à meditação).
Exercício 2: deixar a imagem falar. Relaxar, observar ícone sem “falar”, deixe a imagem vir e falar a você.
Exercício 3: forma prática de meditar com um ícone. Ícone ornamentado com pequenas lâmpadas.
Canto relacionado com ícone. Invocar o Espírito Santo (Mc 16, 1-9; 1 Pd 3, 18-22).
Tríplice recolhimento, abrir olhos, olhar para ícone (=Lectio).
Procurar entendê-lo (=Meditatio).
Frase, prece, palavra a ser repetida sobre o todo ou o detalhe (=Oratio).
Inspirar = memorizar a cena. Expirar = aguardar a mensagem (=Contemplatio).
Exercício 4: deixar-se ver pelo ícone. Ícone do rosto de Cristo. Relaxamento e abandono, olhar ícone e deixar-se observar pelo ícone.
ORAÇÃO CONTEMPLATIVA.
Alma contemplativa é peixe imerso nas águas do Espírito. Passar das imagens, palavras, sentimentos ao silêncio (os métodos desaparecem).
Passos:
1. Permanecer em paz.
2. Não procurar sentir, deixar a alma livre e desembaraçada de qualquer pensamento ou atividade: atitude de serena espera e escuta.
3. Distrações: não se perturbar.
Exercício 1: tríplice recolhimento, dirigir a Deus expressões breves e simples. Olhar amoroso com calma, serenidade e disponibilidade para escuta.
Exercício 2: invocar o Espírito Santo, tríplice recolhimento. Contemplar um mistério da vida de Cristo (ponto de partida). Quando sentir chegado o momento, abandonar todo o esforço para ficar em atenção pura.
Exercício 3. Relaxamento tríplice, pôr-se na presença de Deus “aqui e agora” com você e em você. Manter a consciência de presença, sem dizer nada, sem pensar ou imaginar. Deixar a presença invadir você.
Cap.4.
4.1. Prolongar a expiração. Tríplice recolhimento (físico-emocional-mental). Expiração 2X mais demorada (músculos abdominais).
4.2. Presente aqui/agora (sem lembranças do passado, sem desejos para o futuro, estar no presente). Postura ereta, inspira x expira lentamente – atenção na respiração.
4.3. Consciência da Presença. Postura ereta, tríplice recolhimento, respiração tranqüila. Ao respirar, pensar “Deus está aqui”, “Deus” (Deus-Deus-Deus-Deeeeuuuuusssss). Ficar atento ao vaivém da respiração em silêncio.
4.4. Quatro palavras de vida (=batismo):
a) “Abandono” (início da expiração): abandono falso-eu, abandono-me a Deus.
b)”Mergulho” (continua expiração): chego ao eu-real (ser), mergulhão as raízes na fonte dos bens e das virtudes.
c) “Uno-me” (fim da expiração, antes da inspiração): uno-me à Fonte.
d) “Ressuscito” (morte-ressurreição).
5.1. Respiração me liga a Deus. Não respiro, o ar me é dado de graça. Ar é o dom da vida. Inspiro= recebo vida, expiro=abandono-me à vida. Ao respirar, sentir-se unido à vida de Deus, que me renova a cada momento. Ao respirar, recebo o amor divino (amor que me preenche e que jorra de mim: expira/inspira). Expira=morre (“não vivo”), inspira=ressuscita (“Cristo vive em mim”) - Gl 2,20. Inspiro=recebo a vida de Cristo, expiro=abandono-me a Cristo.
6.1. Oração debulhada: no ritmo da respiração, pronunciar frase ou palavra da oração.
Oração=purificar e pacificar níveis do ser:
a) corpo e sentidos: relaxamento, percepção do corpo e dos ritmos vitais;
b) emocional / afetivo: respiração;
c) mental (pensamentos, lembranças, desejos): concentração única.
Oração = relação pessoal de amizade homem-Deus; Deus vem a nós; apresento-me como sou (sem defesas, sem máscaras); eu completo oro; eu habitado pela Trindade; escutar melhor; que o meio não se torne fim; buscar o silêncio.
Pedagogia Teresiana:
a) Desviar sentidos e inverter atenção do exterior para o interior (desperta visão da alma).
b) Atenção para dentro de si.
c) Conversa amorosa com Deus. Deixar-se amar por Deus.
d) Esvaziarmo-nos para Deus crescer: ser habitação de Deus.
e) Silêncio para ouvir Deus: procurar Sua companhia, deixar-se olhar, conversar espontaneamente.
f) Relacionar oração com o cotidiano, buscar conversão radical.
Modos:
1. Contemplar a criação.
2. Imaginar cena evangélica.
3. Abandonar pensamentos.
4. Sob o olhar bondoso do Mestre, olhá-lo assim.
5. Rezar em voz alta e lenta.
6. Lectio Divina.
7. Contemplar ícones: 1º. Conjunto, 2º. Detalhe (deixando-o comunicar-lhe algo).
8. Deixar-se amar por Deus.
9. Repetição constante de frase.
Cap. 1, p.34: Tríplice recolhimento (cerca de 10 minutos): concentrar-se aqui e agora.
1º. Determinar posição corporal – coluna reta – postura confortável.
2º. Baixar centro de gravidade interior para o abdômen (respiração abdominal).
3º. Relaxamento do corpo: “meu corpo, silêncio, recolhimento.”
4º. Pacificar emoções: concentrar-se na respiração. Inspira paz, expira tensões (expele-as): “minhas emoções, silêncio, recolhimento.”
5º. Pacificar mente: contagem regressiva de 10 a 0 (ao chegar a 0, concentre-se no silêncio total, na testa – “meu espírito, silêncio, recolhimento”.
6º. Para sair, conte suavemente até 5.
Cap. 2, p.42: Oração e acolhimento das sensações corporais: viver aqui e agora (contato consigo mesmo=contato com Deus). Corpo dormente não parece fazer parte de mim. Acolher sensações sem julgamento.
2.1. Em pé, sentir o corpo dos pés à cabeça em equilíbrio e unidade.
2.2. Sentado, mãos sobre pernas (palmas para cima). Sentir e acolher. Perceber o corpo (vide supra), passando a outras partes. Oração: “sou instrumento a seu serviço, estou pronto para cumprir sua vontade”.
2.3. Sentado ou deitado (batimentos cardíacos). “Presto atenção aos batimentos cardíacos. Nada faço, meu coração palpita sozinho. Recebo minha vida como um presente.” (=Contato imenso com Deus!) Digo ao meu coração: “Bata mais rápido, mais lento, mais descompassado... Não adianta, meu coração só obedece a Deus. Meu coração segue a vontade de Deus. Deus determina o compasso do meu coração”.
2.4. Escolher música bonita, cadenciada. Movimentar-se sentindo os movimentos do corpo – tomada de consciência do corpo em movimento.
2.5. Captar linguagem da música. Ouvir cada instrumento, apreciar cada som.
2.6. Despertar audição.
a) Mãos nos olhos, polegares nos ouvidos. Perceber ruídos da respiração e dos batimentos do coração.
b) Mãos sobre os joelhos, escutar e identificar ruídos circundantes. Depois, escutar sem identificá-los (observar e acolher). Mais tarde, escutar o conjunto de sons.
Pare de incomodar-se com os ruídos: escute-os, aceite-os. Cada som é produzido pelo poder de Deus.
2.7. Ouvir o silêncio, mergulhar no silêncio.
2.8. Na vida cotidiana, acolher tudo como vindo de Deus. Tomar consciência do “aqui, agora” (estar consciente). Admirar tudo.
2.9. Ao dormir:
a) Abandonar roupas do dia = abandonar preocupações nas mãos de Deus.
b) Deitado, relaxar: “Deus, minha rocha, meu refúgio, minha fortaleza, confio em ti.”
c) Sob teto, cobertas: “Deus, minha ternura, obrigado por me protegeres e me guardares.”
d) Fechar os olhos (já não necessito ver): “Deus amigo, confio em ti, nas tuas mãos entrego meu espírito.”
e) Respirar calmamente: “Deus, recebo teu Espírito de amor, que me faz viver e enche-me com teus dons (inspira); entrego-me e abandono-me a ti, seja feita a tua vontade” (expira).
Cap. 3: Oração e relaxamento.
Estresse = reação de adaptação do corpo a situação geral de ameça.
3.1. Verificar relaxamento: de frente para outra pessoa, segurar seus braços pelos cotovelos e soltá-los.
3.2. Verificar tensões em partes do corpo e convidá-las ao relaxamento.
Para viver descontraído:
a) Organizar vida (ordem, horário, prioridade, lugar certo para coisas, etc.)
b) Arrumar um passatempo.
c) Vida equilibrada (esportes, alimentação, sono).
d) Esforços harmoniosos e serenos.
e) Viver no presente.
f) Amor = minimizar atritos.
3.3. Deitar-se de costas para baixo, pernas e braços um pouco afastados, entregar o corpo a Deus. Sentir a respiração abdominal: “Deus, o corpo que sustentas, estou aberto a receber como um dom.” “Ofereço-te minhas pernas para ir aonde quiseres levar-me.” “Quero tudo que queres. Confio em ti, abandono meus projetos e preocupações a ti, és meu Pai e cuidas de mim.” Abandono – confiança – oferta ( ver Sl 22 ).
3.4. Relaxamento oração: buscar acolhida, oferecer-se à ternura e ao cuidado. Abandonar-se, abrir-se à Presença Divina, unir-se e viver o presente em união. Respiração abdominal profunda: relaxamento emocional gera respiração profunda, que gera relaxamento emocional.
3.5. Violinista (arco “perfumado”=mão direita; mão esquerda=barriga). Tocar o violino, cheirar o arco com respiração profunda.
3.6. Mão direita sobre a barriga e mão esquerda sobre o peito: respiração profunda, só a mão sobre a barriga se mexe.
3.7. De joelhos, fronte no chão, mãos entre cadeiras e últimas costelas: sentir a respiração.
Cap. 4.- p.60. “Recebei o Espírito Santo...” Jo 20,22.
Medo=inspiração predomina (aumenta ritmo).
Calma=expiração lenta.
Atenção à respiração = atenção à vida (de Deus).
Exercício 1 : a) relaxamento tríplice (corpo, pensamentos, emoções);
b) respiração profinda (expiração mais prolongada do que inspiração – breve pausa entre inspiração / expiração – usar músculos abdominais para expulsar ar ao máximo.
Exercício 2: presente aqui e agora.
a) Posição tranqüila, alinhada.
b) Respiração lenta e profunda.
c) Ser = viver o presente, eliminar fugas por lembranças (passado) ou desejos e projetos (futuro). Existir agora, descendo ao “profundo”.
Exercício 3: Presença de Deus.
a) Postura cômoda – tríplice recolhimento.
b) Respiração profunda. Ao respirar, sentir o ar como Deus (dentro ou fora, entrando pela respiração): “Deus está aqui.”
c) No ritmo da respiração, pronunciar a frase acima ou só a palavra “Deus”. Repeti-la rápido (“Deus-Deus-Deus...”) ou devagar (“Deeeeeuuuusssss...”).
d) Estando consciente da Presença de Deus, ficar em silêncio prestando atenção ao vai-vem da respiração.
Exercício 4: quatro palavras – “abandono - mergulho - uno-me – renovado,ressuscito” = dar lugar ao Cristo, abandonar-se a Ele, unir-se a Ele, ressuscitar e viver em Cristo.
a) Início da expiração : “abandono” (=abandonar lembranças, perturbações, desejos ou projetos, máscaras, vontade de se afirmar, autodefesas, eu, desamor = abandono incondicional e confiante a Deus).
b) Expiração: “mergulho” (=mergulhar em Deus, fonte dos dons, da Verdade, liberdade, alegria, paz e unidade).
c) Pausa após a expiração: “uno-me” (=unir-me à fonte vital – Rm 5,5;Rm 8,29; Is 42,1; Ez 11, 19; Rm 8, 15).
d) Inspirar: “renovado, ressuscito” (morte para o eu, vida para Cristo – 2Cor4, 17; Ef4,15; Gl 2,20).
Exercício 5: respiração e contato com Deus.
1ª etapa:
a) Tudo me é dado. Permito uma força misteriosa que opera a respiração livremente (função independente). Maravilho-me com a respiração espontânea.
b) Dom do ar à minha disposição (ar em todo lugar). Inspiro o dom da vida; expiro, abandono, entrego minha vida a Deus.
2ª etapa: união com o mistério criador de Deus. Recebo a vida de Deus (inspiro) – Deus me cria a cada momento; entrego minha vida a Deus (expiro) e uno-me a Ele.
3ª etapa: respirando, recebo o amor de Deus (=Espírito Santo e sopro divino – Gn 2, 7). Inspiração = recebo o amor de Deus. Expiração = entrego minha vida, meu amor a Deus e aos irmãos ( = amor que jorra do meu centro).
4ª etapa: inspiro = Cristo vive em mim (Rm 5, 5 ; Ef 3,17 ; Gl 2, 20). Expiro =morro para o “eu” para tornar-me um com Cristo. Expirar = morrer. Inspirar = receber Deus.
5ª etapa: inspiro = recebo Deus e Seu Espírito, seus dons. Expiro = entrego-me, abandono-me ao Pai.
Exercício 6: orações debulhadas. No ritmo das expirações, recitar vocalmente palavra/frase. Saborear, deixar penetrar. Ao terminar: a) recomeçar ; b) continuar com oração silenciosa; c)silenciar-se.
Cap. 5 , p. 68 .
Exercício 2. Gl 4, 7; 5, 1.
a) Partir de joelhos, tocar a testa no chão (semente se tornará planta).
b) Erguer-se lentamente com braços pendentes – de pé.
c) Braços se erguem, mãos se tocam levemente e se afastam (planta desabrocha), dedos se abrem, rosto se levanta, braços se abrem.
Exercício 3.
a) Abandonar-se (a si próprio para dar lugar aos tesouros de Deus – Gn 12, 1).
b) Gritar – Sl 129, 1.
c) Ir a Deus com alegria – Sl 121, 1.
d) Mistério pascal:
1.Outono: aceito morrer para tudo que não é minha vida verdadeira.
2.Inverno: “se a semente não morrer, não dará frutos”.
3. Primavera: tudo me é dado e acolho com gratidão.
4. Verão: Cristo vive em mim – Gl 2, 20.
e) Abrir-se para o Espírito Santo: flor que desabrocha com luz solar. Mãos no peito, abrir-se, mãos em cálice no frontal, tocar rosto, coração (sorvendo).
f) Mãos unidas no peito, abrir braços em cruz (transbordando de luz de Cristo sobre tudo e todos).
Cap.6.
Exercício 1. Meditar andando (passo = comprimento de um pé). Hb 4, 16.
Inspira = pé sai do chão. Expira = pé volta ao chão.
Segunda Parte: métodos tradicionais. P. 86.
S. Teresa D’Ávila:
1º. Concentrar-se na mediação (meio, método).
2º. Interiorizar Presença Divina em nós.
3º. Abandonar o meio, permanecer em silêncio com a Presença interior.
I. Lectio Divina (p. 87).
1. Lectio (leitura): leitura lenta, calma e atenta.
2. Meditatio (meditação): inteligência + imaginação para ruminar e memorizar (Lc 2,19). Repetição de frases bíblicas proclamadas alegremente.
3. Oratio (oração): palavra que representa aceitação da mensagem (dirigida a Deus e carregada com amor).
4. Contemplatio (contemplação): silêncio para Deus falar (abandonar esforço).
Significados:
a) Literal.
b) Espiritual (troca-se o “carnal” pelo “alegórico”).
c) Moral (como se comportar).
d) Místico (“inteligência angélica”).
Exercício 1 (leitura meditada):
a) Recolhimento tríplice.
b) Leitura (lectio).
c) Meditação (meditatio): repetição lenta do trecho.
d) Oratio (breve oração ou repetição de palavra).
e) Contemplatio (silêncio).
Obs.: retomar etapas anteriores quantas vezes quiser.
Exercício 2 : leitura e interiorização ativa. Ler Sl 27; 51; 63; 155; 84; 130. Jo 13; 17. Ef 1. Fl 1. Cl 1.
Lectio – meditatio – oratio (repetir palavra e perguntar: “o que Deus quer dizer-me? O que me diz esse texto”) – contemplatio – colatio (partilha).
Exercício 3 (p.92):
a) Silêncio: escutar própria respiração. Invocar o Espírito Santo para compreender palavra.
b) Ler trecho em voz alta. Expressão que toca: repetir ao respirar. Baixar o tom de voz progressivamente até murmurar. Passar à repetição interior. Em paz (presença), ficar em silêncio.
Obs: recomenda-se Jo 17. Acentuar certas palavras. Repetir palavras distantes entre si no texto. Sentir as palavras e os sentimentos de Cristo. Escolha a expressão mais eloqüente e “rumine-a” ao respirar.
Exercício 4: Salmo em grupo.
a) Participantes em grupo (círculo) fazem silêncio. Ato de fé em Cristo, invocar o Espírito Santo.
b) Leitura do salmo. Retornar à primeira estrofe. Cada um repete a expressão que mais lhe tocou. Retornar ao silêncio. Fazer o mesmo em outras estrofes.
c) No final, oração partilhada sobre tema do salmo (louvar, pedir, ofertar, interceder, agradecer, reparar, etc.).
ORAÇÃO DE JESUS.
Hesicasmo (=paz): fórmula curta, repetida sem cessar, com todo amor, atento às palavras e ao sentido, respirando lenta e pausadamente, atento ao coração, ouvindo seus batimentos, no ritmo da respiração (“Jesus Cristo, Filho de Deus, misericórdia de mim, pobre e pecador”.)
Posição corporal: costas retas, olhos fechados (concentrados no frontal ou cardíaco), mãos abertas sobre os joelhos ou “zen” (palma da mão apoiando as costas da outra mão, polegares unidos).
Atitude mental: atenção ao coração.
Respiração (ritmo): ritmo próprio, abdominal.
Fórmula: recitação com amor e atenção ao sentido. Pedimos misericórdia, graça, ternura, unção do Espírito Santo (pode-se reduzir ao nome do Cristo). Purifica-se a mente.
Frutos: desapego, humildade, arrependimento, clara visão da realidade, pureza, alegria.
Exercício 1: pronunciar o nome de Jesus (encontrar Jesus e abrir-se à Sua Presença). Acalmar os 3 níveis, invocar o Espírito Santo (1 Cor 12, 3). Imagine o Cristo em seu coração (fé no poder do nome de Cristo). Pronuncie o nome de Cristo no ritmo da expiração ou ao inspirar e expirar, ou uma vez a cada 3 respirações. A recitação se enfraquece – passa ao silêncio absoluto (“zona profunda”) – sentir a paz da presença – o silêncio do pescador (antes de puxar a linha, permanecer silencioso e imóvel para não espantar o peixe). Em caso de distração, voltar à recitação (=pássaro que bate as asas e depois plana no vento do Espírito. Com o tempo, a paz (=hesíquia) chega mais rápido.
Exercício 2: Jesus pronuncia seu nome a você. Pronunciar o nome de Jesus em diversas formas e sentimentos (tudo que sente por Deus, empregando nomes da Bíblia ou inventando), como um salmista. Aspire um nome por respiração, saboreie-o (como na Lectio), escolha um e repita-o. Permaneça em silêncio: Cristo olha para você e pronuncia seu nome (ouça as palavras de amor que Ele lhe dirige – Ele também diz um nome a você). Pode voltar a repetir.
Exercício 3: abençoar a todos com o nome de Jesus.
Iniciar exercício 1. Pedir que a bênção de Cristo passe a pessoas enquanto pronuncia o nome de Jesus.
Exercício 4. Deixar-se olhar para Jesus e olhá-lo (Mc 10, 21; Lc 22, 61). Pronunciar o nome, olhar para Cristo, responder sem nada dizer. “Acreditar no amor de Deus é a grande fonte do progresso espiritual: ‘você acredita que Eu ame você?’ “ = exercício.
Exercício 5: intercessão. Invocar a vinda do Espírito Santo. Imaginar Cristo inundando-o com luz, poder e Espírito (impondo mãos). Peça a Jesus para fazer o mesmo com as outras pessoas: invocando o nome, que a paz e a alegria do Cristo desçam sobre as pessoas (amigos, desconhecidos, comunidades, cidades, mundo,etc.).
Exercício 6: nome vibrando nas vozes da natureza (Lc 19, 40). Sem pronunciar o nome, escute os sons da natureza a cantarem o nome (fazer o mesmo com as luzes, as cores, os perfumes, etc.).
JACULATÓRIAS. (P. 103 – Lc 18,1).
Jaculatórias = orações curtas e repetidas em voz baixa (frase ou palavra).
Exercício 1: tríplice recolhimento – escolher texto que agrade – respire ritmicamente com frase – no silêncio, volte a atenção para o coração.
Exercício 2: respiração contínua sobre base concreta. Relaxar, invocar o Espírito Santo, escolher frase que lhe provoque eco afetivo e mental. Repetir frase lenta e continuamente com atenção no sentido, podendo usar o ritmo cardíaco. A frase naturalmente reduz-se a uma palavra, que se reduz ao silêncio: amando, louvando, adorando.
Exercício 3: passeio com frase bíblica (caminhada-oração). Escolher frase adequada ao estado atual, repeti-la, harmonia entre passos e respiração, repetição (talvez sua frase ganhe tom musical!).
Exercício 4: breves orações no decorrer do dia. Antecipe e preveja o bem que acontecerá hoje, diga:”isto é dado a mim por Deus”. Antecipe as tarefas que o aguardam (Deus as apresenta a você). Sua prece: “tudo para Deus”. Ao encontrar alegrias: “Tu estás aqui, Pai magnífico!”. Ao cumprir deveres: “seja feita a Tua vontade”. Nos trajetos, ao cruzar com pessoas, desejando o que cada um necessita: “abençoa-o, Senhor”. À noite, em silêncio, relembre o dia como dom de Deus: “Tu estás em tudo, bendito sejas por tudo”.
Exercício 5: Deus o interpela. Escolher uma das frases que o Cristo dirigiu aos interlocutores. Imaginar Cristo ressuscitado à sua frente, escute-o até despertar resposta (ótimo para momentos difíceis).
Exercício 6: prece dos jovens. Cantar refrões em grupo ou solo.
MEDITAÇÃO COM ÍCONES.
Ícone = imagem. Objetivo: criar comunhão entre Deus e o orante.
Cores:
Vermelho = glória, amor
Azul = divindade
Verde = terra, humildade
Ouro = glória
Meditação : meditação intuitiva. Aprender a concentrar-se. Não resistir às distrações, deixá-las ir. Aprender a olhar e a fazer silêncio. “Nossas idéias e nossos pensamentos sobre Deus não nos podem unir a Ele.”
Orar com ícones.
1. Meditando sobre imagem exterior, forma-se em nós sua aparência interna.
2. Simplifica nossa relação com Deus a um simples olhar amoroso. Faz-nos descobrir a face de Cristo nos outros.
3. Combate a dispersão mental, facilita concentração, torna o Senhor presente, interioriza a presença no silêncio (oração = troca de olhares).
Exercício 1: reconstruir imagem interiormente. Imagens que decoram quarto = símbolo do seu interior. Revisar decoração do quarto observando imagem, tentando memorizá-la. Feche os olhos para reconstruí-la interiormente (=auxílio à meditação).
Exercício 2: deixar a imagem falar. Relaxar, observar ícone sem “falar”, deixe a imagem vir e falar a você.
Exercício 3: forma prática de meditar com um ícone. Ícone ornamentado com pequenas lâmpadas.
Canto relacionado com ícone. Invocar o Espírito Santo (Mc 16, 1-9; 1 Pd 3, 18-22).
Tríplice recolhimento, abrir olhos, olhar para ícone (=Lectio).
Procurar entendê-lo (=Meditatio).
Frase, prece, palavra a ser repetida sobre o todo ou o detalhe (=Oratio).
Inspirar = memorizar a cena. Expirar = aguardar a mensagem (=Contemplatio).
Exercício 4: deixar-se ver pelo ícone. Ícone do rosto de Cristo. Relaxamento e abandono, olhar ícone e deixar-se observar pelo ícone.
ORAÇÃO CONTEMPLATIVA.
Alma contemplativa é peixe imerso nas águas do Espírito. Passar das imagens, palavras, sentimentos ao silêncio (os métodos desaparecem).
Passos:
1. Permanecer em paz.
2. Não procurar sentir, deixar a alma livre e desembaraçada de qualquer pensamento ou atividade: atitude de serena espera e escuta.
3. Distrações: não se perturbar.
Exercício 1: tríplice recolhimento, dirigir a Deus expressões breves e simples. Olhar amoroso com calma, serenidade e disponibilidade para escuta.
Exercício 2: invocar o Espírito Santo, tríplice recolhimento. Contemplar um mistério da vida de Cristo (ponto de partida). Quando sentir chegado o momento, abandonar todo o esforço para ficar em atenção pura.
Exercício 3. Relaxamento tríplice, pôr-se na presença de Deus “aqui e agora” com você e em você. Manter a consciência de presença, sem dizer nada, sem pensar ou imaginar. Deixar a presença invadir você.
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