"e assim um tem fome e outro embriaga-se." (I Coríntios. 11:21)
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O luxo e o amor cristão.
Muitas vezes os cristãos se deparam com aqueles materialistas, que destituídos da capacidade de vislumbrar qualquer coisa que não seja vinculada a este mundo, cobram da Igreja uma posição mais ativa a respeito dos males sociais, e que em sua petulante ignorância, acusam a Igreja de caminhar na alienação por ensinar que a verdadeira felicidade e riqueza se encontram no Outro Mundo, naquele que virá a ser quando da Parousia.
Para o materialista, qualquer promessa de futuro que superar a vida material neste mundo será um logro, algo pertencente aos contos de fadas e historias infantis. Daí acreditarem (equivocadamente) que o ensino da Igreja intenta conformar os homens a respeito das condições sociais, para o privilegio de uns poucos, protegidos em seu fastio pela pusilanimidade dos pobres, em maioria. Para estes materialistas, todos os objetivos do homem devem ser centrados exclusivamente neste mundo, nesta vida, que será a única.
Não havendo nada após a morte, qualquer tipo de perspectiva que não contemplar todos os gozos para esta vida, será uma forma mais ou menos requintada de farsa.
Primeiro de tudo, devemos afirmar que os materialistas estão errados: Existe sim, algo para alem desta vida. Na verdade, esta vida é um tosco reflexo da verdadeira existência, só alcançada na plenitude da consciência humana reunificada com o seu Criador.
O homem, destituído desta perspectiva é apenas um cego, que vislumbra como ápice da existência, apenas aquelas limitadas realizações de um “sub homem” , pois não é outra coisa o individuo materialista.
Contudo, é fundamental desmentir a falácia materialista a respeito do ensino da Igreja. Ela não ensina que a esperança na vida futura deve impingir aos homens um tal imobilismo de ação nesta vida, que permita campear a miséria de uns, ombreada com o fastio de outros.
Na verdade, o ensino da Igreja vai justamente em uma linha contrária, indicando que por vislumbrar a vida futura, o homem deve se desvincular dos signos de sucesso e conquista comuns a esta realidade decaída, e que uma das formas de vivenciarmos aqui o padrão comum do Amanhã Glorificado, é ter como meta uma vida simples, destituída de luxos, na qual não possa haver grandes disparidades entre os que tem mais e menos. O texto que hoje postamos neste Cetro Real, serve então para uma dupla utilidade.
A primeira :prover aos cristãos a capacitação para responder a todas as falácias e clichês lançados a torto e a direita pelos materialistas de todos os naipes, sobre não existir qualquer ensino da Igreja que justifique uma alienação sobre as condições sociais.
O que a Igreja refuta como sendo uma violência e um pecado, é a imposição pela força, de uma suposta e anti natural “igualdade social”, que em verdade só proporcionaria o reinado dos abusos e da injustiça.
A segunda :Talvez ate mais urgente para o cristãos, se dá a necessidade de convencer os filhos da Igreja, que é necessário sim, viver neste mundo uma vida simples, desapegada das paixões vinculadas as “maravilhas” materiais, e que os benefícios materiais lícitos, conquistados pelo homem através do suor do seu trabalho devem servir para a edificação do homem pleno, dotado de corpo e espírito, consciente do caráter fugaz e perecível desta existência.
Indiferença e provocação.
Os Padres da Igreja, em seus sermões, conectam os temas do luxo e do amor.
Em outras palavras, nas considerações sobre pessoas ricas e a forma como essas pessoas investem as suas riquezas, temos a indicação patrística sobre haver nestas formas um antônimo do amor, porque muitas vezes a vivencia no luxo se dava como um verdadeiro testemunho sobre a inexistência do amor entre homens.
O amor, como o grande Apóstolo proclama, abrange não só a idéia de "se alegrar com os que se alegram", mas mais freqüentemente, significa o "chorar com os que choram"; para que através desta partilha, possamos diminuir a depravação do outro e compartilhar as dificuldades do meu irmão, sem procurar apenas a satisfação pessoal e egoísta, a ambição vazia.
O luxo em nossas vidas é muitas vezes reduzido a nada mais do que a satisfação pessoal e o prazer, fortemente contaminados pela indiferença em relação aos outros.
E, a indiferença é também uma forma de provocação. Como você pode ter prazer em algo quando o seu irmão está chorando? Como você pode desfrutar de uma refeição suntuosa, quando o seu irmão vai dormir sem ter comido qualquer alimentação? Dai que verdadeiramente, onde o luxo existe, existe também a falta de amor.
Os Padres da Igreja, em seus sermões, conectam os temas do luxo e do amor.
Em outras palavras, nas considerações sobre pessoas ricas e a forma como essas pessoas investem as suas riquezas, temos a indicação patrística sobre haver nestas formas um antônimo do amor, porque muitas vezes a vivencia no luxo se dava como um verdadeiro testemunho sobre a inexistência do amor entre homens.
O amor, como o grande Apóstolo proclama, abrange não só a idéia de "se alegrar com os que se alegram", mas mais freqüentemente, significa o "chorar com os que choram"; para que através desta partilha, possamos diminuir a depravação do outro e compartilhar as dificuldades do meu irmão, sem procurar apenas a satisfação pessoal e egoísta, a ambição vazia.
O luxo em nossas vidas é muitas vezes reduzido a nada mais do que a satisfação pessoal e o prazer, fortemente contaminados pela indiferença em relação aos outros.
E, a indiferença é também uma forma de provocação. Como você pode ter prazer em algo quando o seu irmão está chorando? Como você pode desfrutar de uma refeição suntuosa, quando o seu irmão vai dormir sem ter comido qualquer alimentação? Dai que verdadeiramente, onde o luxo existe, existe também a falta de amor.
O Problema Social.
Em nossos dias, o chamado "problema social" tornou-se uma questão primordial, todo mundo fala sobre isso. Este assunto é subdivido em três partes: O problema da alimentação, vestuário e abrigo.
Estas três coisas são, sem dúvida, apenas três dos direitos naturais de todos os homens, e ninguém tem o direito de negar estes a qualquer um de nós.
O problema social se faz presente em razão de muitas causas, mas uma causa é especialmente saliente : a existência do luxo.
O homem tendo como parâmetro o luxo cria novas necessidades (sobre coisas verdadeiramente desnecessárias), ao mesmo tempo em que outros homens são privados de suas necessidades mais básicas.
São Basílio foi duro e direto quando escreveu a aqueles que vítima no luxo : "a riqueza que vocês reúnem em seus tesouros,é inversamente proporcional ao amor que vocês guardam em seus corações."
Geralmente, aqueles que têm grandes riquezas entendem que estas só pertencem a eles, e que a destinação desta riqueza deve ser para dar vazão aos seus prazeres e desejos vazios.
Mas próximo aos ricos estão os pobres, sofrendo com o frio e com a fome, e as suas feridas são mantidas abertas pela indignação e pelo ódio.
Novamente vemos que o luxo como uma doença contagiosa, que leva sofrimento aos pobres, não só em razão de sua pobreza, mas sim pela aflição provocada pela doença do luxo.
Um exemplo deste contágio pelo luxo pode ser visto como o pobre lida com a idéia sobre a riqueza.
Eles imediatamente passam a imitar os ricos, criando para si novos e desnecessárias necessidades.
Em nossos dias, o chamado "problema social" tornou-se uma questão primordial, todo mundo fala sobre isso. Este assunto é subdivido em três partes: O problema da alimentação, vestuário e abrigo.
Estas três coisas são, sem dúvida, apenas três dos direitos naturais de todos os homens, e ninguém tem o direito de negar estes a qualquer um de nós.
O problema social se faz presente em razão de muitas causas, mas uma causa é especialmente saliente : a existência do luxo.
O homem tendo como parâmetro o luxo cria novas necessidades (sobre coisas verdadeiramente desnecessárias), ao mesmo tempo em que outros homens são privados de suas necessidades mais básicas.
São Basílio foi duro e direto quando escreveu a aqueles que vítima no luxo : "a riqueza que vocês reúnem em seus tesouros,é inversamente proporcional ao amor que vocês guardam em seus corações."
Geralmente, aqueles que têm grandes riquezas entendem que estas só pertencem a eles, e que a destinação desta riqueza deve ser para dar vazão aos seus prazeres e desejos vazios.
Mas próximo aos ricos estão os pobres, sofrendo com o frio e com a fome, e as suas feridas são mantidas abertas pela indignação e pelo ódio.
Novamente vemos que o luxo como uma doença contagiosa, que leva sofrimento aos pobres, não só em razão de sua pobreza, mas sim pela aflição provocada pela doença do luxo.
Um exemplo deste contágio pelo luxo pode ser visto como o pobre lida com a idéia sobre a riqueza.
Eles imediatamente passam a imitar os ricos, criando para si novos e desnecessárias necessidades.
Desprezo pela Igreja.
São Paulo considera a vida luxuosa e extravagante dos ricos como uma forma de desprezo pela Igreja.
Pois aquele em razão de ter dinheiro, come, bebe e se veste como quer, despreza a Igreja, e exibindo o desprezo para com o irmão que é pobre, o embaraça...
A Igreja é o regime do amor, o reino em que a lei é o amor. Este amor é a vida "de perfeição" que une os membros da Igreja. Como, então não pode ser uma manifestação de desprezo pela Igreja e uma desconsideração da lei do amor, quando se dá a indiferença para aqueles que nada têm?
E não só a indiferença é um grave pecado, mas sim as conseqüências desta atitude nos pobres, que são também feridos pela extravagância do luxo.
São Paulo considera a vida luxuosa e extravagante dos ricos como uma forma de desprezo pela Igreja.
Pois aquele em razão de ter dinheiro, come, bebe e se veste como quer, despreza a Igreja, e exibindo o desprezo para com o irmão que é pobre, o embaraça...
A Igreja é o regime do amor, o reino em que a lei é o amor. Este amor é a vida "de perfeição" que une os membros da Igreja. Como, então não pode ser uma manifestação de desprezo pela Igreja e uma desconsideração da lei do amor, quando se dá a indiferença para aqueles que nada têm?
E não só a indiferença é um grave pecado, mas sim as conseqüências desta atitude nos pobres, que são também feridos pela extravagância do luxo.
O luxo é um deserto de virtudes.
O luxo examinado por si só é um mal, mas se torna ainda mais grave quando analisamos a relação deste excesso para com a condição dos pobres.
São Crisóstomo caracteriza o homem orgulhoso de seu valor pessoal em razão de sua vida luxuosa e extravagante como um "deserto de virtudes". Ou seja, um homem que dá a sua atenção para as coisas pequenas e inúteis da vida, enquanto é cruel com os demais, tornando-se um homem endurecido.
Daí este homem se torna mesmo como um deserto onde a virtude não pode se manifestar.
É claro que onde há luxo há falta de amor, e quando o cristão não tem amor, sua vida caminha para o nada. Sem amor, prega São Paulo : "eu nada seria." São Paulo nega qualquer valor a um homem que não tem amor, mesmo que este homem pudesse ter fé o suficiente para fazer mover montanhas - sem amor, ele não é nada. Como então é terrível a condição do homem que carece não só de amor, mas também acresce a esta falta um temperamento cruel, cheio de desumanidades. Na verdade, "ele é como um deserto, onde a virtude não pode se cumprir."
São João Crisóstomo relata a história de um antigo rei que estava tão determinado em alcançar o ápice de uma vida luxuosa, que fez construir uma árvore dourada, e abaixo desta colocou uma mesa de ouro, e a mesa se sentou para apreciar o resto de sua vida. Há alguns anos atrás, os jornais relataram que um rico armador grego construiu um navio luxuoso e original. Nele, todas as torneiras, puxadores de porta, e peitoris são feitos de ouro maciço. Como, portanto, é possível que o amor possa existir em meio a tais ambições vazias , repletas de uma escandalosa loucura?
O luxo examinado por si só é um mal, mas se torna ainda mais grave quando analisamos a relação deste excesso para com a condição dos pobres.
São Crisóstomo caracteriza o homem orgulhoso de seu valor pessoal em razão de sua vida luxuosa e extravagante como um "deserto de virtudes". Ou seja, um homem que dá a sua atenção para as coisas pequenas e inúteis da vida, enquanto é cruel com os demais, tornando-se um homem endurecido.
Daí este homem se torna mesmo como um deserto onde a virtude não pode se manifestar.
É claro que onde há luxo há falta de amor, e quando o cristão não tem amor, sua vida caminha para o nada. Sem amor, prega São Paulo : "eu nada seria." São Paulo nega qualquer valor a um homem que não tem amor, mesmo que este homem pudesse ter fé o suficiente para fazer mover montanhas - sem amor, ele não é nada. Como então é terrível a condição do homem que carece não só de amor, mas também acresce a esta falta um temperamento cruel, cheio de desumanidades. Na verdade, "ele é como um deserto, onde a virtude não pode se cumprir."
São João Crisóstomo relata a história de um antigo rei que estava tão determinado em alcançar o ápice de uma vida luxuosa, que fez construir uma árvore dourada, e abaixo desta colocou uma mesa de ouro, e a mesa se sentou para apreciar o resto de sua vida. Há alguns anos atrás, os jornais relataram que um rico armador grego construiu um navio luxuoso e original. Nele, todas as torneiras, puxadores de porta, e peitoris são feitos de ouro maciço. Como, portanto, é possível que o amor possa existir em meio a tais ambições vazias , repletas de uma escandalosa loucura?
Os pobres e os ricos.
Quando São João Crisóstomo fala sobre os ricos e os condena, ele não transmite apenas exemplos extraídos dos pagãos, mas também dos cristãos, dizendo:
"Então, muitas pessoas pobres são membros da Igreja , assim como também há no seio da Igreja muitas pessoas ricas. Muitos entre esses últimos são incapazes de ajudar os seus irmãos, ainda que muito lhes sobre para comer,e o de beber até se embriagar, enquanto outros dos seus irmãos de fé vivem sem pão e passam fome. "
O santo padre descrever as desigualdades no seu próprio tempo. Naturalmente, não podemos comparar a nossa época com a sua, contudo ainda hoje existe uma grande desigualdade devido ao luxo e extravagância de alguns.
As palavras de São Paulo são então ainda oportunas para nós nos dias de hoje, e vale a pena citar, proporcionando-nos a experiência de dois mil anos de vida cristã:
Quando São João Crisóstomo fala sobre os ricos e os condena, ele não transmite apenas exemplos extraídos dos pagãos, mas também dos cristãos, dizendo:
"Então, muitas pessoas pobres são membros da Igreja , assim como também há no seio da Igreja muitas pessoas ricas. Muitos entre esses últimos são incapazes de ajudar os seus irmãos, ainda que muito lhes sobre para comer,e o de beber até se embriagar, enquanto outros dos seus irmãos de fé vivem sem pão e passam fome. "
O santo padre descrever as desigualdades no seu próprio tempo. Naturalmente, não podemos comparar a nossa época com a sua, contudo ainda hoje existe uma grande desigualdade devido ao luxo e extravagância de alguns.
As palavras de São Paulo são então ainda oportunas para nós nos dias de hoje, e vale a pena citar, proporcionando-nos a experiência de dois mil anos de vida cristã:
""e assim um tem fome e outro embriaga-se."
Avareza e mesquinhez.
"E disse-lhes: "Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui." (Lucas 12:15).
Oposto da auto-suficiência e da sagrada pobreza do Evangelho se dá na avareza e na ganância.
Ambas as palavras - avareza e ganância - tem o significado. A avareza é o amor ao dinheiro e a ganância é o desejo de se obter mais riqueza material, e, se possível, conquistar o mundo inteiro.A avareza é o mal principal e fundamental na vida do homem. "Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todo mal", escreve São Paulo. O mesmo apóstolo também se refere a ganância como idolatria e paganismo :
"Mortificai, pois, os vossos membros, que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, o afeição desordenada, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria;" (Cl 3:05 ).
A ganância é uma marca e um sinal dos tempos difíceis, retratados na história como os tempos de declínio moral e decadência espiritual. O mesmo apóstolo escreveu a seu amigo e colaborador Timóteo:
"Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.Porque haverá homens amantes
de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,"(II Tim. 3:1-2).
Esta volúpia era um pecado característico das pessoas que viveram antes do Advento do Cristo, e de tal modo, não é admissível para os cristãos serem gananciosos. A ganância, não é digna da vocação cristã, sendo portanto incompatível com a busca por ser bom e santo. Por esta razão, São Paulo sugere aos seus leitores , isto é, os cristãos, que não se deve amar o dinheiro, mas em vez disso, buscar o sacrifício, lembrando que "toda a ganância é idolatria e que ele é ganancioso não tem herança no reino de Deus ".
De forma ainda mais enfática, salientou :
"Porque bem sabeis isto: que nenhum devasso, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus."(Ef 5:5).
"E disse-lhes: "Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui." (Lucas 12:15).
Oposto da auto-suficiência e da sagrada pobreza do Evangelho se dá na avareza e na ganância.
Ambas as palavras - avareza e ganância - tem o significado. A avareza é o amor ao dinheiro e a ganância é o desejo de se obter mais riqueza material, e, se possível, conquistar o mundo inteiro.A avareza é o mal principal e fundamental na vida do homem. "Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todo mal", escreve São Paulo. O mesmo apóstolo também se refere a ganância como idolatria e paganismo :
"Mortificai, pois, os vossos membros, que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, o afeição desordenada, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria;" (Cl 3:05 ).
A ganância é uma marca e um sinal dos tempos difíceis, retratados na história como os tempos de declínio moral e decadência espiritual. O mesmo apóstolo escreveu a seu amigo e colaborador Timóteo:
"Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.Porque haverá homens amantes
de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,"(II Tim. 3:1-2).
Esta volúpia era um pecado característico das pessoas que viveram antes do Advento do Cristo, e de tal modo, não é admissível para os cristãos serem gananciosos. A ganância, não é digna da vocação cristã, sendo portanto incompatível com a busca por ser bom e santo. Por esta razão, São Paulo sugere aos seus leitores , isto é, os cristãos, que não se deve amar o dinheiro, mas em vez disso, buscar o sacrifício, lembrando que "toda a ganância é idolatria e que ele é ganancioso não tem herança no reino de Deus ".
De forma ainda mais enfática, salientou :
"Porque bem sabeis isto: que nenhum devasso, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus."(Ef 5:5).
O que os Padres ensinam?
Os Santos Padres da Igreja, em quase todas as suas homilias atacam o mal da avareza e da cobiça nas pessoas de sua própria época.
São Basílio, o Grande, em três de suas melhores homilias sobre a moral, deliberadamente fala contra a avareza e mesquinhez das pessoas ricas.
São João Crisóstomo, entre seus muitos e diversos ensinamentos, instrui-nos a lutar contra a avareza e a ganância, que considera a raiz de todos os males:
"Todos os males nascem da loucura que o homem tem em ganhar mais dinheiro. Mate agora esta loucura e você verá todas as guerras, animosidades e conflito terminarem "
Um outro Pai da Igreja, Asterios, Bispo de Amassia, ofertou um sermão que é considerado um dos melhores textos patrísticos sobre a ganância. Esse sermão foi proferido em uma festa em memória de um mártir. No entanto, como as pessoas esqueceram o propósito da festa e em vez de entrar no Templo, elas ficaram do lado de fora para participar dos jogos e brincadeiras que tinham sido criadas em torno da Igreja.
O que este Santo Padre nos diz ?
Primeiro de tudo, ele nos instrui quanto à natureza da ganância. Esta se configura em mais do que apenas a loucura de ganhar mais dinheiro, posses e bens. A ganância envolve o desejo de ter mais do que aquilo que realmente demandam as nossas necessidades. A avareza engana o homem até ao ponto da traição, como foi o caso de Judas que traiu o Senhor por trinta moedas de prata. O Santo Padre Asterios então no recorda que todos os males e transgressões abandonam o homem quando ele se tornou velho e impotente para realizar mais pecados. A cobiça é uma fera que aprisona o homem e se recusa a deixá-lo, até que se de o seu fim. Nesses casos, a ganância pode ser comparada a hera que sobe, vive e mantém a sua cor verde.
Uma pessoa gananciosa, embora possa ser rica e possuidora de todas as coisas, sofre como se nada tivesse conquistado. Ele se recusa a se alegrar com o que tem, pois se preocupa com coisas que ainda não ganhou. Seus olhos não alcançam o que tem, mas apenas sobre os bens dos outros.
Com incrível capacidade e força, o Santo Padre descreve as consequências sociais da cobiça, e suas palavras chegam aos nossos dias.
"Por causa da ganância, a vida dos homens está cheia de desordem. Algumas pessoas comem até quase explodirem, enquanto outras morrem de fome. Alguns descansam confortavelmente em camas macias com um ambiente luxuoso, enquanto outras não têm onde descansar seus corpos.
Se cobiça fosse inexistente, a fealdade que enche dede lágrimas a vida também seria extinta. Por causa da ganância, os homens esqueceram o sentido de comunhão com o outro. Em vez disso, eles se separam em facções como bestas de rapina."
O Santo Padre continua a advertir que "o princípio e a fonte de todo o mal está no desejo de possuir mais. Se alguém conseguiram reprovar esta paixão nos homens, não haveria novos obstáculos para a paz e para harmonia prevalecesse entre os homens. As revoltas e revoluções iriam desaparecer e as pessoas voltariam a um senso de ordem natural, onde a amizade seria a ordem permanente ".
Finalmente, o Santo Padre chega à conclusão de que "nada é mais devastador para a humanidade do que a ganância." Ele personifica essa perversão quando escreve :
"Pela ganancia, você enche a terra com ladrões e assassinos, o mar, com todos os tipos de perigos, se afundam as nossas cidades em todo tipo de desordem. Com a ganancia são preenchidos os tribunais com testemunhas falsas e falsos acusadores, com traidores , e com os homens duros e cruéis."
Não esqueçamos as palavras do Santo Padre. Vamos mantê-las em nossas memórias. Mas acima de tudo, vamos sempre lembrar das palavras de nosso Senhor, como Ele falou-lhes, na parábola do insensato homem rico: "Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui." (Lucas 12:15).
Padre George Dimopoulos
Os Santos Padres da Igreja, em quase todas as suas homilias atacam o mal da avareza e da cobiça nas pessoas de sua própria época.
São Basílio, o Grande, em três de suas melhores homilias sobre a moral, deliberadamente fala contra a avareza e mesquinhez das pessoas ricas.
São João Crisóstomo, entre seus muitos e diversos ensinamentos, instrui-nos a lutar contra a avareza e a ganância, que considera a raiz de todos os males:
"Todos os males nascem da loucura que o homem tem em ganhar mais dinheiro. Mate agora esta loucura e você verá todas as guerras, animosidades e conflito terminarem "
Um outro Pai da Igreja, Asterios, Bispo de Amassia, ofertou um sermão que é considerado um dos melhores textos patrísticos sobre a ganância. Esse sermão foi proferido em uma festa em memória de um mártir. No entanto, como as pessoas esqueceram o propósito da festa e em vez de entrar no Templo, elas ficaram do lado de fora para participar dos jogos e brincadeiras que tinham sido criadas em torno da Igreja.
O que este Santo Padre nos diz ?
Primeiro de tudo, ele nos instrui quanto à natureza da ganância. Esta se configura em mais do que apenas a loucura de ganhar mais dinheiro, posses e bens. A ganância envolve o desejo de ter mais do que aquilo que realmente demandam as nossas necessidades. A avareza engana o homem até ao ponto da traição, como foi o caso de Judas que traiu o Senhor por trinta moedas de prata. O Santo Padre Asterios então no recorda que todos os males e transgressões abandonam o homem quando ele se tornou velho e impotente para realizar mais pecados. A cobiça é uma fera que aprisona o homem e se recusa a deixá-lo, até que se de o seu fim. Nesses casos, a ganância pode ser comparada a hera que sobe, vive e mantém a sua cor verde.
Uma pessoa gananciosa, embora possa ser rica e possuidora de todas as coisas, sofre como se nada tivesse conquistado. Ele se recusa a se alegrar com o que tem, pois se preocupa com coisas que ainda não ganhou. Seus olhos não alcançam o que tem, mas apenas sobre os bens dos outros.
Com incrível capacidade e força, o Santo Padre descreve as consequências sociais da cobiça, e suas palavras chegam aos nossos dias.
"Por causa da ganância, a vida dos homens está cheia de desordem. Algumas pessoas comem até quase explodirem, enquanto outras morrem de fome. Alguns descansam confortavelmente em camas macias com um ambiente luxuoso, enquanto outras não têm onde descansar seus corpos.
Se cobiça fosse inexistente, a fealdade que enche dede lágrimas a vida também seria extinta. Por causa da ganância, os homens esqueceram o sentido de comunhão com o outro. Em vez disso, eles se separam em facções como bestas de rapina."
O Santo Padre continua a advertir que "o princípio e a fonte de todo o mal está no desejo de possuir mais. Se alguém conseguiram reprovar esta paixão nos homens, não haveria novos obstáculos para a paz e para harmonia prevalecesse entre os homens. As revoltas e revoluções iriam desaparecer e as pessoas voltariam a um senso de ordem natural, onde a amizade seria a ordem permanente ".
Finalmente, o Santo Padre chega à conclusão de que "nada é mais devastador para a humanidade do que a ganância." Ele personifica essa perversão quando escreve :
"Pela ganancia, você enche a terra com ladrões e assassinos, o mar, com todos os tipos de perigos, se afundam as nossas cidades em todo tipo de desordem. Com a ganancia são preenchidos os tribunais com testemunhas falsas e falsos acusadores, com traidores , e com os homens duros e cruéis."
Não esqueçamos as palavras do Santo Padre. Vamos mantê-las em nossas memórias. Mas acima de tudo, vamos sempre lembrar das palavras de nosso Senhor, como Ele falou-lhes, na parábola do insensato homem rico: "Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui." (Lucas 12:15).
Padre George Dimopoulos
Fonte:http://cetroreal.blogspot.com.br/2010/09/o-luxo-e-o-amor-cristao.html
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