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Certo dia, um diretor do hospital naturista de Curitiba me disse:
"O homem está sempre com a cabeça quente, o estômago cheio e os pés frios, quando deveria estar sempre com a cabeça fresca, o estômago vazio e os pés quentes".
Após alguns dias nessa clínica onde o tratamento é com banhos de argila, alimentação muito leve e a última refeição às 17:30 hs., eu senti uma clareza muito grande em minha mente; pude assim verificar, como sobrecarregamos nosso organismo com alimento incessível e desnecessário e de que forma isso prejudica a evolução mental e espiritual.
Maria Lúcia Vieira
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ALGUMAS RECOMENDAÇÕES RELACIONADAS AO JEJUM
a - Não jejue se :. Estiver grávida ou amamentando.
. Tiver um problemas de saúde, físico ou mental, (consulte seu médico antes de jejuar por mais de três dias).
. Vier a sentir-se aturdido ou desorientado ou ficar doente durante o jejum, pare imediatamente e gradualmente reinicie com os alimentos mais sólidos, dê preferência aos vegetais.
b - Para ajudar a eliminação de toxinas através da pele, escove a sua pele com uma escova seca de cerdas naturais. Isto removerá toxinas e células mortas da pele que entopem os poros. A escovação também aumenta a ação do sistema linfático, que carrega detritos das células para o sangue. O sangue então entrega os resíduos aos rins, onde são convertidos em urina.
c - Para aumentar a eliminação das toxinas pelos pulmões, respire profunda e ritmicamente, de preferência ar fresco ao ar livre, e sob a luz do sol.
d - Para auxiliar os rins, beba chá de calêndula ou chá de folha de dente-de-leão.
e - Evite exercícios pesados, dê a preferência para as caminhadas e a sauna ou banho de vapor uma vez ao dia por quinze a vinte minutos estimulará a mente e purificará o corpo.
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UM JEJUM RACIONAL
1 - NÃO DESJEJUAR
É sabido que durante a noite, depois de feita a digestão da última refeição, o organismo inicia um processo de eliminação dos venenos e toxinas.
Assim, prosseguir sem comer ela manhã, contribuirá para essa limpeza.
Ao levantar tomaremos chá sem açúcar, limonada com mel, laranjada pura, água pura, ou uma fruta de suco (abacaxi, laranja, uva, pêra, mamão, melancia, melão, etc.) e nada mais! Nada sólido.
O efeito é: permitimos ao corpo jogar as toxinas alimentares pela pele e pelos rins, durante mais algum tempo, pois a noite toda, o corpo esteve nesse esforço de descarregar o entulho do fígado e dos órgãos em geral.
Muitas doenças crônicas saram só com este modo suave de jejum. O certo para ficar livre das doenças teria sido :
NÃO COMER COISAS IMPRÓPRIAS PARA NÃO TER QUE ELIMINÁ-LAS.
No almoço, prefira frutas, verduras e legumes, e de a preferência para alimentos crus, em forma de saladas.
Você começará a sentir-se leve, sem aquela sensação de cansaço, pois o corpo estará assimilando os alimentos sem precisar se desgastar com a digestão de comidas pesadas e difíceis (anti-naturais) para o organismo.
2 - JEJUM DE 18 HORAS
Este jejum abrange o sistema rigoroso do relógio - comemos a última refeição digamos às 18 horas. Vamos dormir, em nosso horário normal. De manhã não desjejuamos e se possível nem usamos frutas sucosas nesse horário, ficando com um copo de água.
Só voltamos a comer às 12 horas (meio dia) do dia seguinte, totalizando 18 horas sem ingerir alimento. Isso feito sucessivamente por períodos de sete dias nos dará um ritmo de limpeza sistemática do corpo que nos restaurará forças, energias nervosas, e clareará a mente, retirando algumas gorduras excessivas, etc.
Este jejum é próprio para limpeza de fígado, devendo ser feito em conjunto com ervas amargas, verduras de folhas amargas, mas suspendendo os alimentos gordurosos, as carnes, o leite, ovos e produtos derivados destes; o açúcar de cana, bebidas destiladas ou fermentadas, produtos enlatados, sintéticos, químicos e artificiais, conservas, etc.
Lembremos que o sono e todos os estados de sonolência são reflexos cerebrais produzidos pela sobrecarga do laboratório armazém do corpo que precisa desligar outros circuitos de energia para usar a carga total no seu processamento de coleta, seleção e eliminação de venenos alimentares.
Ao fazer este jejum por sete dias ou mais, como já dissemos, veremos subir todas nossas capacidades, inclusive com redução das necessidades de sono para uma ou duas horas a menos do que estávamos acostumados. Não considere isso como insônia...
3 - JEJUM DE 24 HORAS
Se prolongarmos o jejum das 18 até às 18 horas do dia seguinte, à base de água, teremos os efeitos do jejum de 18 horas em dobro, agora fortalecendo o pâncreas, o baço, o estômago (que ganham férias...), o rim (embora trabalhe com sobrecarga no começo) e o cérebro e sistema nervoso em geral, que se libertam de excitações e entorpecimentos alimentares.
Este jejum é catalogado como regime alimentar de uma refeição única por dia, a do anoitecer.
4 - JEJUM DE 2, 3 ou 4 DIAS.
Ao passar das 24 horas sem ingerir alimento (seja com sucos diluídos de uma fruta só, seja só a água) entramos realmente em sistema de jejum.
O jejum de 24 horas é na realidade um sistema de cura leve, reforço da vontade, treinamento do tubo digestivo, que melhor pode ser aproveitado para diagnosticar nossas enfermidades crônicas e latentes, indicando qual o ponto do corpo que apresenta entupimentos, quais os
venenos que temos que eliminar, e que volume deles existe no corpo.
Para isto basta observar onde dói, a espessura da urina, a cor e cheiro do saburro da língua, os gostos estranhos que vêm ao paladar, as acelerações cardíacas, sudoreses, quedas de pressão e temperatura, etc.
Os médicos antigos sabiam disso e acertavam mais...
De dois dias de jejum para frente, é que se obtém a melhor retificação de diagnóstico possível, e daí em diante os jejuns são realmente curativos e se obtém os resultados palpáveis.
Jejuns com menos de 48 horas são feitos para treinamento e para diagnóstico dos pontos fracos de nossa saúde, ou para desintoxicações parciais e tratamentos leves e lentos.
Se queremos efeitos curativos, devemos preparar jejuns de 2, 3, 4 dias, como escalada no caminho da saúde e repetir o processo mais de uma vez, até estar com experiência para jejuns mais longos que estes.
Os efeitos deste jejum mais longo são variadíssimos.- Obtemos cura de doenças crônicas como: enxaquecas, sinusites, gripes, disenterias, alergias, furúnculos;
- obtemos cicatrização de feridas;
- adquirimos mais clareza mental;
- conseguimos um melhor funcionamento dos órgãos corporais em geral;
- livramo-nos de infecções e viroses;
- melhoramos a agilidade física;
- recuperação de arteriosclerose e afecções de coronárias;
- detemos a queda dos cabelos;
- regredimos neoplasias;
- controlamos obesidades;
- regularizamos distúrbios metabólicos, gástricos, renais, glandulares, etc.
- obtemos dissolução de pedras de vesículas, rins e bexiga;
- acabamos com cirroses, bronquites, asma, taquicardia, etc.
Durante o jejum, deve-se ingerir água que seja de fonte, o mais natural possível. O jejum é uma cirurgia natural e fica mais suave se tomarmos mel, laranjada, limonada, usando se necessário para adoçar, produtos que sejam naturais.
A maioria das enfermidades são a conseqüência de hábitos de comer equivocados, de alimentos erroneamente combinados, de alimentos acidulosos e de preparações comerciais de nossa atual civilização.
O homem é o ser vivente mais doente da terra; nenhum outro violou as leis da natureza tanto como o Homem; nenhum animal come tão erroneamente como o Homem.
Por Serena Harris
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RECOMPENSAS FÍSICAS E ESPIRITUAIS DO JEJUM
por Yogananda
São maravilhosos os resultados físicos e as experiências espirituais do jejum.
O espírito interior desliga-se das exigências do corpo, à medida que o próprio corpo vai se livrando dos hábitos grosseiros.
Acabo de passar o trigésimo dia de regime e jejum (30 dias), e me parece tão natural como se eu nunca houvesse me alimentado. Os que estiverem em condições deveriam fazer um jejum de três dias; se possível, um mais prolongado. Começariam a descobrir que podem viver sem alimento.
Mal-estar ou dores no corpo indicam que há algo errado em seu funcionamento; reparos são necessários. Considere o zelo com que mantém seu carro limpo e em bom estado. Muito mais complexo do que qualquer automóvel é o corpo humano, e o Senhor deseja que você, embora dependendo mais D'Ele, também mantenha o corpo limpo e em bom funcionamento. O segredo da boa saúde não está só nas substâncias químicas; é preciso confiar ainda mais na energia interna de Deus.
A força vital em nossos corpos é, na verdade, a fonte da vida. É um poder consciente: criador dos órgãos e também provedor de sua vitalidade. Em geral, a força vital é continuamente fortalecida pelo alimento e pelo poder mental, todavia, se houver sido erroneamente usada, desiste e recusa-se a continuar trabalhando.
Por exemplo: seu poder pode diminuir nos olhos, e então você não conseguirá enxergar bem. Nenhum alimento dá vigor, nenhuma mudança de ar fortifica e nada pode restaurar a energia do corpo, quando sua força vital começa a diminuir.
O jejum dá repouso aos órgãos sobrecarregados, á maquina corporal, e também a própria força vital, aliviando-a do trabalho excessivo.
Quando você desobriga a força vital de depender de fontes externas para existir - comida, água, oxigênio, luz solar - ela se torna auto-suficiente, independente.
Comer demais, 365 dias por ano, gera uma grande variedade de doenças. Uma rotina inalterável nas refeições, quer o organismo realmente necessite alimento, quer não, é também uma maldição para o corpo. Quanto mais você se concentrar no paladar, mais enfermidades terá.
Está certo saborear a comida, mas ser seu escravo é arruinar a sua vida. Por que deixar que a natureza o prejudique? A natureza não pode puni-lo, se você não for apegado ao corpo nem escravizado pelo alimento. Você precisa reconhecer que é a força vital que sustenta o corpo.
Sem ser fanático, dê maior ênfase à mente, visando tornar seu poder cada vez mais confiável. Se insistir em torná-la escrava do corpo, a mente se vingará. Renunciará ao poder que tem, fazendo com que você passe a depender de alguém ou de algo para ajudá-lo.
Nenhum médico e nenhum remédio adiantarão, se a mente do paciente estiver fraca, ao ponto de a doença se tornar crônica. Três quartos da cura dependem da mente. Na Índia, ensinamos a dominar o corpo para que se possa dispor de maior força mental.
Quem está sempre recorrendo a meios físicos para garantir saúde e cura, sempre dependerá deles. O poder mental é superior. Devemos gradualmente aprender a usar mais a mente. Agindo assim, compreenderemos que é um instrumento magnífico.
O que você ordenar, a mente fará. Foi o que vi em minha própria vida !
Certo dia, quando eu fazia uma palestra em Milwaukee USA, fazia um calor terrível; o suor escorria pelo meu rosto e eu não conseguia achar o lenço. Por um momento, não soube o que fazer. Então, focalizei a consciência no centro crístico e, interiormente, afirmei: "Senhor, meu corpo está frio". Imediatamente todo o suor desapareceu e meu corpo esfriou de verdade! Portanto, é bom tentar depender mais da mente. Porém não se pode negar totalmente o corpo; se o fizéssemos, não poderíamos pensar, comer ou nos movimentar.
Há quem se interessa pela supremacia da mente sobre o corpo só para garantir a saúde.
A saúde, porém, não é o objetivo da vida. A comunhão com Deus é o objetivo da vida.
Você pode sentir-se bem por algum tempo, mas chega uma hora em que tudo falha. Quem o ajudará, então? Deus. O jejum é um dos grandes meios para aproximar-se de Deus: liberta a força vital da escravidão ao alimento, mostrando que é Deus quem realmente sustenta a vida no corpo.
Entretanto, assim que a mente pensa: "comida", a tentação de satã desperta o desejo de comer. Certa vez na Índia, quando era pequeno, estava resfriado e quis comer tamarindo, considerado muito ruim para resfriados.
Minha irmã desaprovou energicamente o desejo, mas como insisti muito, trouxe, de má vontade, uma fruta. Peguei um pedaço, mastiguei-o e cuspi-o. Sem engolir o tamarindo, satisfiz a vontade de sentir seu gosto. Dado que ser humano em o hábito da gula com demasiada freqüência, é uma desventura que Deus não nos tenha dado um corpo que permitisse desfrutar o sentido do paladar, fazendo com que os alimentos prejudiciais ou excessos perigosos se desviassem dos órgãos de digestão e assimilação!
Autocontrole - O Caminho mais sensato para saúde e a felicidade
A verdade é que autocontrole é o único caminho para gozar de saúde e felicidade, além de ser o mais sensato. Ser senhor de si mesmo e não ser dominado pelos sentidos é uma das maiores bênçãos que se pode ter. Se há sobrecarga de eletricidade em uma fiação, ela se queima. E toda vez que você sobrecarrega o aparelho digestivo com comida demais, a força vital se esgota. Quando se evita o excesso de comida e se jejua, a força vital descansa e se recarrega.
Se o carro não funciona bem, você o leva a uma oficina. Ele volta a funcionar por algum tempo, mas logo outra coisa apresenta defeito e você manda o carro de volta para o conserto. Deve-se fazer o mesmo com o corpo. Os efeitos físicos do jejum são notáveis.
Um jejum de três dias com suco de laranja recuperará o corpo temporariamente, mas um jejum prolongado proporcionará uma revisão completa.
Seu corpo vai se sentir forte como o aço. Contudo, se quiser um conserto permanente, deverá também sempre observar o alimento que você ingere, bem como a quantidade ingerida.
CONHEÇA O MODO CORRETO DE JEJUAR
Devemos saber como jejuar. É por isso que precisamos supervisão adequada para um jejum superior a três dias.
O primeiro jejum que fazemos não deve ser longo, pois nos sentiremos fracos. Um dia de jejum de frutas, semanalmente, ou um jejum de três dias com suco de laranja, mensalmente, são bons meios para habituar-se a jejuar.
Quem jejua deve estar mentalmente preparado para lidar com pessoas que logo começarão a se compadecer e dizer que ficará doente e morrerá se não se alimentar. É verdade que, em um jejum prolongado, você poderá sentir-se fraco nos primeiros dias, porque a força vital acostumou-se a depender do alimento.
Mas gradualmente, com o passar dos dias, você não sentirá mais fraqueza. Sua força vital e seu espírito desligam-se do alimento. Você percebe que o corpo é sustentado unicamente pela força vital.
Conheço o segredo de jejuar e não perder peso. Estando sob o controle consciente, a força vital pode ser usada para perder ou conservar o peso normal do corpo.
De um modo ou do outro, é eficaz. Aplicando esse princípio, a temperatura normal do corpo não cai, pouco importando a duração do jejum. Retirando energia do bulbo radiquiano, a "boca de Deus",* a força vital começa a confiar cada vez mais em seu poder regenerador inato, em vez de depender de fontes externas.
Seres humanos em perfeito estado de animação suspensa podem ficar enterrados por cinco mil anos ou por toda a eternidade, permanecendo vivos. A vida é eterna e não depende de respiração, de alimento, de água ou de luz solar. Lembre-se sempre de que você é o Espírito Imperecível. É assim que deve viver.
Nossa consciência sobrevive á morte, mas o homem comum perde o senso de continuidade e pensa que está morto. Todos morreremos um dia; assim, não adianta ter medo da morte. Você não se sente angustiado ante a perspectiva de perder a consciência do corpo ao dormir: você aceita o sono, aguardando-o como um estado de liberdade.
Assim é a morte: um estado de repouso uma aposentadoria desta vida. Não há nada a temer. Quando a morte chegar, ria-se dela. A morte é apenas uma experiência, por meio da qual você está destinado a aprender uma grande lição: a de que não pode morrer. Por que esperar pela morte se pode perceber isso agora? A primeira lição que você precisa aprender é a de que a vida não depende do alimento. Com o jejum, você pode prová-lo para você mesmo.
Funcionar bem em todas as circunstâncias
Todos deveriam desenvolver o poder mental, para poder funcionar bem em todas as circunstâncias - dormindo ou não, comendo ou não, descansando ou não. A regularidade, é admirável e necessária; precisamos ter o hábito da regularidade, para obedecer às leis de Deus. É errado, porém sentir-se mal por causa de um leve desvio desse hábito.
Todos os hábitos fundamentais de uma criança formam-se entre 3 e 7 anos de idade. Um bom ambiente ajudará a orientar seu desenvolvimento, mas é preciso um treinamento especial para mudar (se for o caso) as tendências predominantes de uma criança.
Em minha escola de Ranchi, na Índia, eu dava aos meninos um treinamento físico rigoroso. Eles jejuavam constantemente, dormiam sobre cobertores no chão e nunca usavam travesseiros. Às vezes, meditavam durante horas.
Ajudar as crianças a libertarem-se da tirania do corpo pela disciplina rígida, é conceder-lhes uma bênção para o resto da vida. Um dos alunos meditava doze horas, sem piscar os olhos. Se você tivesse esse equilíbrio, seria muito mais feliz! Teria muito mais paz! O melhor treinamento é a disciplina cientifica e equilibrada do corpo, da mente e do espírito. E nela está o núcleo do jejum.
A ciência metafísica por trás do jejum
Existe uma ciência metafísica notável por trás do jejum. Jesus lembrou-nos esta verdade, quando disse: "Nem só de pão viverá o homem (...)." Duas coisas nos mantêm presos à terra: alento e alimento. Enquanto dorme, porém, você está em paz, inconsciente da necessidade de respirar ou de alimentar-se; seu espírito está desligado da consciência do corpo.
O jejum eleva a mente da mesma maneira. Por meio do jejum, deixe que a mente dependa de seu próprio poder. Quando esse poder se manifesta, a força vital do corpo é cada vez mais reforçada pela energia interna eu flui continuamente para o cérebro e para a coluna vertebral, proveniente da energia cósmica que rodeia o corpo e que entra pelo bulbo radiquiano.
Tornando-se independente de fontes físicas externas para o sustento corporal, a força vital constata que está sendo sustentada internamente, e indaga-se como isso acontece. A mente então diz:
"Os sólidos de que o corpo dependia não passam de densas condensações de energia. Você é energia pura. E é consciência pura", Então seja qual for a ordem que a mente envia à consciência de força vital, esta obedecerá fielmente.
Tudo pode ser feito pelo poder mental. Eis por que Jesus pôde transformar pedras em pão. Portanto, veja como é injusto, para a mente e para a onipotente força vital em seu interior, afirmar que não pode viver sem alimento. Torne sua vida e seu corpo impermeáveis ao sofrimento. Vença a você mesmo. No jejum prolongado, perceberá que tudo é mente.
Toda força e todo objeto no universo são produtos da Mente Divina, assim como todas as coisas que percebe em sonho são criações de sua própria mente. Também no plano consciente, se a mente criar o pensamento de que se enfraquecerá por causa do jejum, ele se debilitará; ou, se você tem jejuado e momentaneamente pensar que isto o está enfraquecendo, o corpo realmente se sentirá fraco.
Entretanto, se decidir que o corpo é forte, não sentirá qualquer fraqueza; ao contrário, sentirá grande vigor. A maioria das pessoas desconhece isso porque nunca experimentou.
A mente não revelará seus milagres enquanto você não a fizer trabalhar. E não trabalhará enquanto você continuar a depender cada vez mais de coisas materiais.
É por isso que suas maravilhas se escondem visão comum. Quando aprender, porém, a depender da mente, por meio do jejum, ela funcionará em tudo, vencendo a doença, criando prosperidade ou realizando a suprema meta da vida - encontrar Deus.
DO LIVRO - ETERNA BUSCA DO HOMEM - PARAMAHANSA YOGANANDASede internacional da Self-Realition Felowship,
Los Angeles, Califórnia, 9 de março de 1939
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JESUS ENSINOU A IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO E DO JEJUM
O Livro de Mateus registra:
Quando Jesus e seus discípulos chegaram à multidão, então veio a Jesus um certo homem, ajoelhando-se diante dele e dizendo:
"Senhor, tem misericórdia de meu filho; pois ele é um lunático e dolorosamente atormentado. De tempos em tempos ele cai no fogo e várias vezes na água. E eu o trouxe aos vossos discípulos e eles não o puderam curar.”
Jesus exclamou: "Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei convosco? Até quando vos darei suporte? Trazei-me aqui o menino. E Jesus repreendeu o demônio, e este saiu do menino; e, desde àquela hora, ficou o menino curado.”
Então, os discípulos, aproximando-se de Jesus, perguntaram em particular:
"Por que motivo não pudemos nós expulsá-lo?"
E ele lhes respondeu:
"Por causa da pequenez da vossa fé. Pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: "Passa daqui para acolá, e ele passará." Nada vos será impossível. Mas esta casta não se expele senão por meio de oração e do jejum."
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Jejuar está na moda, mas faz bem?
Condenado pelos médicos e nutricionistas, o jejum tem se tornado popular para limpar o corpo e acalmar a mente.
A apresentadora Glória Maria diz que se desespera durante seus períodos de jejum. Três vezes ao ano, ela reserva dez dias para ingerir apenas pílulas com nutrientes, xaropes naturais e chás. Comida mesmo, aquela de encher os olhos, é rigorosamente proibida. Mas o desespero relatado por ela não vem da privação. “Eu me sinto tão bem durante o jejum que fico angustiada quando está para acabar”, diz.
Glória não está sozinha em sua opção pela fome autoimposta. Como ela, um grupo cada vez maior de pessoas, no mundo todo, está descobrindo os prazeres e benefícios de fechar a boca durante alguns dias. É o jejum laico. Em vez de almejar o êxtase espiritual ou o perdão divino, ele promete uma espécie de pureza que tem afinidade com o universo místico, mas se expressa na linguagem das dietas e dos processos metabólicos. “O jejum funciona como uma desintoxicação: limpa meu organismo de impurezas para me manter saudável. Tenho mais vontade de trabalhar e meu humor melhora”, diz Glória.
Condenado por médicos e nutricionistas, o jejum está ganhando respaldo até de estudos científicos.
As pesquisas sugerem que jejuar diminui os riscos de doenças cardiovasculares, como diabetes e hipertensão. E pode até prolongar a vida. Para os praticantes, a abstinência alimentar é também um grito de liberdade. Eles deixam de viver em função do relógio (afinal, as refeições acabam ditando o ritmo do dia). Prestam mais atenção nos pensamentos do que no estômago. Voltam-se para si.
SÓ ÁGUA
O ator Licurgo Spinola, de 44 anos, e a professora de ioga Mariana Maya, passam todos os meses, três dias apenas bebendo água, para relaxar a mente. Só tomam água, quase 5 litros por dia. “Desvencilhar-se de situações mundanas, como o horário das refeições, é uma lavagem espiritual”, diz Spinola, que aderiu à prática há três anos, depois de ler a biografia de Mahatma Gandhi. Spinola diz ter descoberto que o líder indiano, que fez do jejum uma arma política, também usava a prática para curar gripes e resfriados.
Velho como a própria fome, o jejum faz parte do cotidiano de muitas religiões. Os católicos não comem carne vermelha na Sexta-Feira Santa. Os judeus se abstêm de comer seis dias por ano. Os muçulmanos jejuam da alvorada ao anoitecer durante todo o mês do ramadã, o nono mês do calendário islâmico. É uma forma de intensificar a reflexão e a concentração nas orações e de se sacrificar pelo perdão dos pecados. É também uma maneira tradicional de demonstrar devoção.
Os adeptos da nova vertente de jejum, porém, subverteram a prática histórica de oferenda e sacrifício, sem eliminar seu caráter de purificação. Apenas a divindade se tornou interior. “Em meio ao cotidiano caótico, mostrar que somos capazes de controlar nossa vida em pelo menos um aspecto é a maneira de criar uma ilha de segurança”, diz o psicanalista Christian Dunker, professor da Universidade de São Paulo.
Ter poder sobre uma necessidade imposta pela natureza é a primeira recompensa dos jejuadores. Ele se manifesta já nas primeiras horas de jejum, quando os praticantes descobrem a diferença entre fome e vontade de comer (e quão inebriante é o cheirinho de qualquer prato de comida). “Percebo que não preciso comer naquele momento, que é só gula”, diz Spinola.
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